CartaCapital
Uma série de documentos sigilosos obtidos por Glenn Greenwald e CartaCapital mostra que a Polícia Federal,
antes comandada por Moro e hoje aparelhada pelo bolsonarismo, levanta hipóteses absurdas para desvendar
a suposta identidade de um mandante, ou financiador, da captura de mensagens dos procuradores da
Operação Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro que resultou na Operação Spoofing.
Após tentar incriminar, em vão, Glenn Greenwald e a ex-deputada Manuela d’Ávila, mudou-se o foco. Um grupo
de agentes da Polícia Federal do Distrito Federal tenta emplacar uma tese fantasiosa, segundo a qual os hackers
que invadiram os celulares estavam a serviço de um outro mandante: o ex-ministro petista Antonio Palocci, que
teria oferecido 300 mil reais em troca do acesso a informações que o favorecessem em processos.
A mirabolante história baseia-se única e exclusivamente no relato de um jovem de 19 anos que passou meses
encarcerado e conquistou o benefício da prisão domiciliar logo após delatar os amigos e o “mandante petista”.
Embora não tenha participado do hackeamento dos celulares, Luiz Henrique Molição, o mais jovem dos seis
indiciados pela PF na Operação Spoofing, afirmou, em novembro de 2019, ter ouvido de Walter Delgatti Neto e
Thiago Eliezer, apontados como chefes da “quadrilha”, que “as invasões tiveram início para obter material que
pudesse beneficiar Antonio Palocci Filho em possível negociação de acordo de delação premiada que havia
sido descartada pelo Ministério Público Federal e encontrava-se em negociação junto ao Departamento de
Polícia Federal”.
Confira os detalhes nesta edição do programa Fechamento
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